domingo, 15 de novembro de 2009

O mundo mais verde!

Computação verde: um movimento que é de todos

“Computação verde não é só aquela ideia que alguns têm de tentar minimizar somente o impacto do aquecimento global. Esse conceito tem uma conotação de como trabalhar o que produzimos na computação em questão de dispositivos, hardwares, de modo que eles consigam ser reaproveitados, remanejados e reciclados facilmente”. Assim, a computação verde é definida pelo professor Sílvio Cazella. Em entrevista à IHU On-Line, realizada por telefone, o professor aponta os caminhos que a computação verde vai tomar, explicando que isto é uma tendência. “As mudanças já estão ocorrendo, tanto com a conscientização de quem produz como de quem consome e até da legislação. Existem movimentos já tentando fazer com que a empresa que produz um produto que consuma mais energia, responsabilize-se pela coleta desse produto quando ele já não tiver mais em uso”, explicou.

IHU On-Line - O que é computação verde?
Sílvio Cazella - A computação verde seria mais uma expressão aplicada a uma preocupação das empresas referente ao meio ambiente e à sustentabilidade da própria empresa, tendo um caráter mais econômico. Computação verde não é só aquela ideia que alguns têm de tentar minimizar somente o impacto do aquecimento global. Esse conceito tem uma conotação de como trabalhar o que produzimos na computação em questão de dispositivos, hardwares, de modo que eles consigam ser reaproveitados, remanejados e reciclados facilmente. É uma preocupação bem ampla com esse tipo de material para que, dentro do possível, seja o menos tóxico quanto ao material utilizado para a construção de dispositivos, como o hardware.
IHU On-Line - Quais os níveis atuais de consumo dessa área?
Sílvio Cazella - O que posso dizer é que o consumo de energia elétrica de grandes servidores é um pouco mais elevado, tanto para que a máquina funcione como para a refrigeração do ambiente onde está a máquina. O exemplo mais clássico que encontramos de notícias e divulgação é o dos famosos datacenters. Estes são locais onde as empresas guardam os dados. O datacenter acaba sendo um grande ambiente com máquinas que já consomem um nível de energia, e precisam de um nível de refrigeração muito grande, tornando o consumo de energia maior. O que se busca, em alguns movimentos de grandes empresas que trabalham com hardware, é tentar produzir um hardware que dispense e exija menos energia. A partir daí, conseguir ter o uso adequado daquela energia, gerando menos calor e contribuindo para esta questão da computação verde, ou seja, uma computação que não exija tanto do ambiente e que não venha a “poluir” tanto.
IHU On-Line - Como os usuários podem escolher o produto de informática mais ecologicamente correto?
Sílvio Cazella - A hora da escolha desse material ainda é complicada para nós em relação ao usuário pequeno. A preocupação hoje fica muito mais no lado de quem consome máquinas um pouco mais robustas, com uma capacidade de processamento maior para sua empresa. Acho que sempre a preocupação desse cliente, quando for adquirir esse material, deve ser não só observar a questão de configuração de máquinas, ou o que esta máquina apresenta como recurso, mas observar junto ao fabricante se ele realmente apresenta alguma preocupação com essa questão verde, se tem algum programa de reciclagem para esse material. Está muito mais concentrado em observar procedimentos de uma empresa do que propriamente questões de configuração de máquina. Mas, com certeza, onde fica mais concentrada a preocupação é nas empresas que produzem o hardware, em tentar fazer um movimento junto à sociedade, e que sejam reconhecidas como empresas que têm uma preocupação com a coletividade e com uma computação mais sustentável.

(IHU On-line) 
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POSTADO POR: MANUELA DA SILVEIRA

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